Campo Grande, 01 de Abril de 2024
Por: Fábio Trad Filho
O racismo é, em minha opinião, uma das manifestações mais repulsivas que os seres humanos podem exercer contra seus semelhantes. Abjeta pois absolutamente torpe e primitiva forma de vilania.
Infelizmente, trata se de um grave problema com profundas raizes históricas. Todos sabemos da escravidão. Este nefasto período da história, que, inegavelmente, reverbera seus efeitos até hoje. Negar este fato é burrice ou mau-caratismo.
Em nosso país, de acordo com o Censo de 1872, o único levantamento que registrou a população escravizada no Brasil, da população total da época (9.930.478), 1.510.806 ainda eram escravizados.
E, mesmo que abolida a escravidão com a lei Áurea em 1888, a verdade é que ela perdurou, talvez não juridicamente, mas de fato, em solo brasileiro, ainda por muitos e muitos anos. Inclusive ainda se luta contra ela, tanto que existe o crime, de competência da Justiça Federal: “lei penal caracteriza o trabalho escravo: trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes e restrição à locomoção por dívida com o empregador. O art. 149 do Código Penal determina prisão de 2 a 8 anos e multa pela violência causada à pessoa submetida a trabalho análogo à escravidão.”
E não são poucos os casos de processamento e condenação por crimes neste sentido.
Para Silvio Almeida, jurista e estudioso do tema, o racismo: “É uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou privilégios, a depender do grupo racial ao qual pertençam”.
O racismo é uma estrutura do mal.
À serviço do mal.
E, sobre os gritos boçais que insistentemente ecoam contra o craque de bola Vinícius Júnior, tenho certeza de algo, são produto de um sentimento único: Inveja!
Europeus invejosos!
Inveja da alegria que tem o futebol do garoto!
Do drible que eles não tem.
Da ginga que eles não tem!
Do arranque que eles não tem!
Da batida colocada que eles não tem!
Da tabelinha com o Rodrygo que eles não tem!
Do sorriso fácil que eles não tem!
Do hexa que se anuncia, que vem se oferecendo ao trio de ataque NEGRO! ENDRICK, RODRYGO E VINI, que eles NÃO TEM!
AVANTE, VINI!
ABAIXO À TODOS OS RACISTAS!