Campo Grande, 28 de junho de 2024
Por: Júnior Maksoud
“As vítimas falam conosco, em sonhos, nas provas dos autos, nos laudos periciais, através de seus familiares. Elas estão sempre lá, basta ter olhos e ouvidos para enxergá-las!”, disse Luciana do Amaral Rabelo, no último parágrafo de seu texto no livro “Reminiscências do Tribunal do Júri”.
Aos 11 (onze) anos decidiu cursar Direito. Os motivos da precoce escolha foram mais do que justos: gostar de leitura e ter participado de um júri simulado sobre o conto “A Cartomante”. O entrelace com o Tribunal do Júri nascia ali, na 5ª série do ensino fundamental.
Prestes a completar 25 (vinte e cinco) anos como Promotora de Justiça de Mato Grosso do Sul, Luciana do Amaral Rabelo coleciona histórias, vivencias e incontáveis admiradores no mundo jurídico.
O Garantista: Quando e por que decidiu ser promotora?
Luciana do Amaral Rabelo: Decidi ser promotora de justiça após ser estagiária do MPMS por um período de três anos durante a faculdade e porque o promotor se justiça tem a possibilidade de no processo poder manifestar seu pensamento em seus pareceres.
O Garantista: Quais os maiores desafios da carreira?
Luciana do Amaral Rabelo: A carreira do Ministério Público exige estudo e capacitação constante para a função e comprometimento com a instituição.
O Garantista: Qual o júri que mais te marcou?
Luciana do Amaral Rabelo: Todos os julgamentos marcam de alguma forma. Não tem um julgamento que seja mais importante que o outro. Os julgamentos em que temos um contato maior com os familiares das vítimas ou com as vítimas sobreviventes acabam ficando mais na lembrança.
O Garantista: Qual conselho daria para quem é estudante?
Luciana do Amaral Rabelo: O conselho é ler muito. E não só livros jurídicos, mas de cultura em geral e ter conhecimento sobre história, literatura, ciências sociais, para que possa ser um profissional alinhado com o seu tempo.