ARTIGO por: Fabiana Trad
Salmos 92:12: “O justo brota como a palmeira, cresce como um cedro no Líbano”.
São quinze anos para o Cedro atingir sua magnitude e começar a floração, suas raízes são capazes de se adaptar entre as mais maciças pedras, os frutos são úteis para o reflorestamento porque suportam os mais inóspitos ambientes. De fascinante longevidade, resistem por séculos.
O berço dos Cedros está sofrendo. O sangue de milhares de nossos ancestrais derrama-se em terras libanesas.
Convenção de Genebra, pacto internacional sobre direitos civis e políticos, resoluções da ONU são frequentemente descumpridos por aqueles que se dizem atuar em nome de Deus. Desrespeitam e pisoteiam o Direito Internacional com altivez.
Até o momento, mais de 700 pessoas já morreram nos bombardeios contra o país, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Entre as vítimas fatais, estão dois adolescentes brasileiros, de 15 e 16 anos.
Os líderes alertam: “O secretário-geral está profundamente preocupado com a dramática escalada dos acontecimentos em Beirute nas últimas 24 horas” (…) e suplicam para que “o ciclo de violência cesse agora”.
Palavras insuficientes que sequer chegam aos ouvidos dos responsáveis, que, sedentos e cegos pelo poder, sentem-se no direito de matar aqueles que em nada possuem relação com qualquer grupo terrorista.
Os civis libaneses não podem pagar o preço da reação de Israel às ações de eventuais grupos fundamentalistas. Esses efeitos ´´colaterais´´ são vidas. Vidas de inocentes!
Quem sofre são os cidadãos, quem sangra é o povo.
Que o Líbano, assim como as raízes do Cedro, resista.